Margarida

6 Outubro... podia ser uma data como outra qualquer, mas este ano tornou-se uma das datas mais importantes; a minha filhota nasceu, perfeitinha, redondinha, amorosa!!!

Quem esteve perto de mim, durante a minha gravidez, sabe que o meu maior medo era o meu primeiro dia com a minha filha, a dúvida de não saber cuidar, de não saber o que fazer, enfim tinha medo do desconhecido lá está!! Mas afinal todas as tretas que nos dizem acabam por não ser tretas, ou seja, o instinto maternal aparece efectivamente, como por magia, e de repente tchanam... sabemos quase tudo sobre bebés, que não trazem manual de intruções mas trazem-nos o dito instinto ... não podemos querer tudo né?

Sou sincera a primeira vez que vi a minha filha não senti nada...
Dizem sempre que achamos os filhos lindos logo que os vemos, que sentimos uma emoção grande... e eu pensei que era no minimo um ET!!! Não senti nada!!!! Na segunda noite é que me vi parada, sozinha na minha cama de hospital, a olhar para aquele ser novo, desconhecido mas tão perfeito e chorei!!! Não me perguntem porquê, porque não saberei responder... só tinha vontade de chorar, e ela tão descansada a dormir, ora a fazer caretas ora a parecer sorrir só à espera da próxima mamada!!!

A grande diferença?!... Também não sei... eu devo ser mesmo ET eh eh
Sei que sinto uma paz muito grande dentro de mim, como se tivesse fumado uma broca gigante...

Estou a adorar ser mãe e não sei como pude viver tanto tempo sem a minha Margarida. Não vou dizer que se voltasse atrás tinha sido mãe mais cedo, acho que o fui na altura certa, mas é uma sensação tão boa e diferente que é muito estranho conseguirmos viver tão bem antes disso!!!

Amo-te Margarida