segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sol da Caparica

Verão de '93 e aqui a menina fazia 14 aninhos... muito importante!!!

Grande festa, em casa (como era costume na época), com os amigos, algumas bebidas e muita música. Lembro-me muito bem desta festa de anos, com o Pedro, o Carlos, os 3 Nunos, o Jorge e a Ana Patricia (sim eramos só 2 raparigas o que hei-de fazer eheh) ah e o meu mano. O Sr. Pedro estava a cargo do som e pôs a tocar a cassete (alguém ainda se lembra da cassete?!) dos Peste&Sida e curtimos tanto mas tanto...

Este aniversário veio-me à "lembradura" porquê?Precisamente por causa da música que vos deixo "Sol da Caparica" o hino dos Peste, que há pouco ouvi na M80 e há carrada de tempo que não ouvia!!

Sabem o mais engraçado? É que nós faziamos mesmo isto, iamos em "bando" de autocarro, e barco para a Caparica e era TÃO BOM!!!

Matem saudades pessoal

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Este Dom!!

Nem palavras, nem inteiros livros
Nem toda a àgua, o próprio oceano
É tão pouco para todos estes sentidos
Para tudo o que trago por quem amo
Nâo sabia sentir assim
Só sabia o que era amar
Mas o pouco que até agora vivi
Decobri que nunca senti, até te tocar
É deveras estranho
A nossa natureza
É deveras estranho o nosso ser
O nosso corpo, o nosso sentido... a nossa vida
E mesmo agora é deveras estranho
É estranho... mas tão bom
É bom... mas tão pouco
Tão pouco para te explicar
O que o teu pequeno olhar
O teu pequeno riso
O teu pequeno ser ...
Faz-me ter medo, faz-me estar fora de mim...
Faz-me estremecer!!!!
É estranho... mas bom
É bom... mas estranho o que me deste...
Este dom!!!


A maior alma é sempre insignificante
ao pé da pequeníssima alma que cuja dependência está
Camilo Castelo Branco

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A música e o Pessoa

Ora aqui estão duas coisas que adoro; Música e Fernando Pessoa!

Agora acreditam que tive conhecimento desta música através de uma novela da TVI? Ah pois é! Podem até dizer o mal das novelitas mas as bandas sonoras mostram a boa música que temos por cá.

Assim vos deixo "Ai Margarida", um poema de Álvaro de Campos, escrito em 1927

Álvaro de Campos
Ai, Margarida,

Ai, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que farias tu com ela?

— Tirava os brincos do prego,
Casava c'um homem cego
E ia morar para a Estrela.

Mas, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que diria tua mãe?

— (Ela conhece-me a fundo.)
Que há muito parvo no mundo,
E que eras parvo também.

E, Margarida,
Se eu te desse a minha vida
No sentido de morrer?

— Eu iria ao teu enterro,
Mas achava que era um erro
Querer amar sem viver.

Mas, Margarida,
Se este dar-te a minha vida
Não fosse senão poesia?

— Então, filho, nada feito.
Fica tudo sem efeito.
Nesta casa não se fia.