Uma música, por exemplo, tem o poder de me levar a sitios, sentir cheiros e quase o toque, que o meu corpo já sentiu, e a minha lembrança guarda imagens que eu não esqueço mesmo que passem mil anos, e para mim é o que o ser humano tem de fabuloso...

E vivo o filme vezes sem conta, e sinto o mesmo cheiro, o mesmo beijo quente, o corpo suado, as mãos trémulas, e oiço as mesmas palavras sussuradas, as mesmas promessas escondidas em cada adeus, mas não sofro com essa recordação, não anseio desesperadamente esses momentos... não! Vivo-os com um sorriso maroto nos lábios, fecho os meus olhos e deixo-me levar, deixo-me perder e encontar em mim mesma e fico calmamente á espera por mais experiências para as guardar neste meu esconderijo...
2 comentários:
Olá Patrícia João :D
Fico orgulhoso por receber tal comparação; gosto muito de escrever e saber que o faço minimamente bem aconchega-me o coração.
Acredito que, um dia, a sensação de pequenice e vulnerabilidade passe. Sei que, um dia, hei de deixar de sentir-me perdida, confusa, vazia ou sozinha.
Mas até que esse dia chegue...
Resta esperar. Como quem já alguma vez disse "quem espera sempre alcança", certo?
Então, esperarei.
Beijinho e muito obrigada :)
* Fico orgulhosa (engano ortográfico)
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